Em uma ação com duração de dois dias, elas atendem e conversam com passageiros sobre a questão do desaparecimento de pessoas.

Aconteceu nesta segunda-feira (17) e volta a ter amanhã, uma ação promovida pelo Metrô e a “Mães da Sé” na estação Sé onde a entidade atendeu, conversou com passageiros e explicou sobre a questão do desaparecimento, que na época do Carnaval tende a aumentar pelas questões de vulnerabilidade em que muitos se colocam.

Neste ano a entidade completa 24 anos de atuação (fundado em 31 de Março de 1996) com mais de 5 mil pessoas localizadas neste período e com mais de 10 mil registros de desaparecimentos atualmente. No local uma mesa com fotografias e dados de dezenas de desaparecidos era exibida e usuários que passavam, aproveitavam e tiravam fotos com seus celulares, algo que é importante e promove ainda mais a divulgação dos casos, aumentando as chances de uma pessoa ser encontrada.

Segundo Ivanise Esperidião da Silva, presidente e fundadora da ONG, as Mães da Sé se reúnem a cada quinze dias nas escadarias da Catedral para acolher novas mães que buscam seus filhos ou algum parente próximo e ajudar as que já estão na busca.

“O resultado de sucesso é possível somente com a divulgação dos casos, e a parceria do Metrô é importante em razão da quantidade de pessoas que passam pela estação todos os dias.”

“Quando minha filha desapareceu, ninguém falava sobre desaparecimentos. Este assunto era sem interesse dos veículos de comunicação. Criamos a expectativa que algum passageiro veja as fotos e reconheça alguém”. completa Ivanise.

Ela fundou o grupo após o desaparecimento de sua própria filha, e ao procura-la na cidade do Rio de Janeiro por 3 meses, percebeu que lá já existia um grupo de pessoas organizadas, voltadas para a busca dos familiares que desapareciam. Ivanise se espelhou e trouxe para a capital paulista o mesmo conceito.