Atendimento é solicitado em casos de falhas ou interrupções na operação de linhas do transporte sobre trilhos.
Publicado: 07/05/2024
Um levantamento realizado pela TV Globo e divulgado no jornal Bom dia SP nesta terça-feira, 7 de maio de 2024, aponta um gasto de R$ 61,2 milhões com solicitações de ônibus para atender os passageiros das linhas de trens e de metrô nos últimos cinco anos.
Segundo a emissora, o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência, o PAESE, foi ativado 383 vezes no período entre os anos de 2019 e 2023.
A maior parte destes pedidos foi realizada pelo Metrô, com 279 ativações para atender as suas linhas em algum momento, com destaque para a Linha 15-Prata do monotrilho, que demandam com folga, a maioria dos PAESEs.
O custo disso foi R$ 46 milhões, 353 mil que foram pagos para as empresas de ônibus, geralmente do serviço da cidade de São Paulo, para a realocação dos coletivos de suas linhas originais e para serem enviados em alguma estação.
Isto resulta indiretamente em transtornos para uma parte da população que não estava utilizando o transporte metroferroviário, pois ao ter o PAESE ativado, a SPTrans encaminha veículos com mais breve possível, e às vezes reduzindo a frota de itinerários de diferentes pontos para então ter veículos vazios para o serviço emergencial.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a ViaMobilidade, no mesmo período de cinco anos, realizaram juntas 104 pedidos do atendimento com ônibus, totalizando o valor de R$ 12 milhões, 492 mil para serviços programados, ou seja, quando a interrupção de parte de alguma linha acontece para obras, ou manutenções.
Porém, outros R$ 2,9 milhões são referentes a paralisações não esperadas, ou seja, em casos de falhas importantes ou notáveis.
As linhas campeãs nos trens foram as 11-Coral e 12-Safira por problemas, e as duas linhas da ViaMobilidade, 8-Diamante e 9-Esmeralda, por serviços programados.
Sobre este assunto em resposta aos questionamentos da emissora, a CPTM informou que em 80,8% dos casos que solicitou este serviço, foi em razão de obras para melhorias e modernizações, além de estar investindo na compra de novos veículos de manutenção, sistemas de sinalização e rede aérea de alimentação elétrica.
Já o Metrô de São Paulo explicou ter gasto apenas R$ 4 milhões do valor total apurado, onde o restante foi custeado por outras empresas, mas não detalhou quais seriam. Entretanto, destacou também investir em melhorias nos serviços prestados.
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Gastos com PAESE para linhas de metrô e trens superam R$ 60 milhões nos últimos cinco anos
