Plano da MRS construirá via exclusiva para trens de carga entre Jundiaí e Barra Funda

Projeto tem como missão eliminar os impactos da passagem de trens de carga com a operação dos trens urbanos de passageiros e aumentar a capacidade de transporte de produtos.

Publicado: 08/11/2023

A MRS Logística, empresa do transporte ferroviário de carga tem em mãos um projeto de grande porte com investimento bilionário para acabar com o uso dos trilhos em compartilhado com os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na Linha 7-Rubi, este é o Segregação Noroeste ou SNO.

O SNO é o projeto para construção de um trilho único, ou seja, via singela para uso por trens de carga apenas partindo de Jundiaí até a Barra Funda no centro da capital paulista, conforme documento do Estudo de Impacto Ambiental apresentado a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), onde somente para a separação é previsto um investimento de R$ 1.329.484.400,76 (um bilhão, trezentos e vinte e nove milhões, quatrocentos e oitenta e quatro mil, quatrocentos reais e setenta e seis centavos), aportados pela operadora cargueira.

Este valor trata-se não só da separação das vias, mas outras importantes obras necessárias para viabilizar o projeto.

Um deles é a construção de novo túnel em Botujuru ao lado do existente para criar uma passagem exclusiva dos trens de carga, para eliminar o uso compartilhado atualmente feito com os trens da Linha 7-Rubi.

Ainda de acordo com o documento apresentado à CETESB, o prazo da obra é de 112 meses, portanto, pouco mais de nove anos totais para sua execução, e devem começar antes da construção do Trem Intercidades  já que “uma vez expedida a Licença Ambiental Prévia, a MRS atuará no sentido de apresentar os projetos detalhados e o Plano Básico Ambiental objetivando a expedição das primeiras Licenças de Instalação.”

Somente com o começo desta grande obra, estará em curso a fase preliminar da concessão do TIC que pode durar 18 meses e as intervenções da MRS não podem causar impactos notáveis ao serviço da Linha 7-Rubi, essa devendo operar como de costume até Jundiai.

Dentro desses nove anos, as obras começam no trecho de Campo Limpo Paulista e Jundiai, ainda no primeiro ano, assim como o trecho de Pirituba  a Franco da Rocha.


As intervenções são parte das medidas necessárias para viabilizar a construção e funcionamento do Trem Intercidades que ligará São Paulo a Campinas com viagem de pouco mais de uma hora, viajando em trens de maior velocidade, conforto e segurança.

O leilão que levará ao conhecimento do concessionário e futuro operador deste sistema está marcado para 29 de fevereiro de 2024 em  São Paulo.

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3 Comments

  1. Valter Otacílio Silva Junior

    Quando a MRS vai construir o maior ramal ferroviário de exportação do planeta, Ligando o Porto Seco de Varginha a Ferrovia do Aço, em Andrelândia e daí ao Porto de Sepetiba no Rio.

  2. eloypinheiro

    E de onde sairão esses recursos? Tem o valor, tem o plano, mas onde está que pagará a conta?

  3. Júlio

    Realmente seria muito mais fácil e viável criar uma nova ferrovia que passasse no meio das duas pistas da rodovia dos Bandeirantes para o tal trem rápido de passageiros de
    Campinas a São Paulo chegando até a Lapa. Mas, estes tais megaprojetos, ao que parece, nunca sairão do papel ou vão virar uma comilança de dinheiro sem fim. Se entregassem esta concessão a uma empresa chinesa, em dois anos tudo estaria pronto e sem custo.

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