Metroviários e ferroviários da CPTM, além de trabalhadores da SABESP paralisam as atividades nesta terça (3).
Publicado: 02/10/2023
O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas durante entrevista para a imprensa no último sábado, 30 de setembro de 2023, em agenda para incentivar a vacinação na capital, falou também sobre a greve dos funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que conta também com a participação dos profissionais da Sabesp, programada para iniciar logo após a meia noite desta terça-feira, 3 de outubro.
Ao ser questionado sobre a paralisação destas três categorias que são contrárias ao processo de privatização, Tarcísio disse que os processos de concessão estão em estudo ainda, nada foi plenamente definido e que parar o transporte para reclamar disso é algo que não faz o menor sentido.
Ele também pontuou que se a greve acontecer mesmo (já está confirmada) as linhas privatizadas vão funcionar e cumprir a tarefa de levar o passageiro ao seu destino como de costume. Leia e ouça a seguir a fala do governador.
“A greve de terça a gente obviamente judicializou. Temos decisões da justiça que garantem o funcionamento de 100% do efetivo nos horários de pico, 80% do efetivo nos horários que não são de pico. Agora a greve sem pauta, uma greve política. Ah, eu vou entrar em greve porque eles estão estudando uma possível concessão. Gente processo de concessão a gente estuda, inicia estudo. Primeiro eu falei na campanha que ia estudar concessões. Então eu estou fazendo não você está fazendo nada diferente porque eu disse que ia fazer. Na campanha a gente colocou esse assunto em vigor. Segundo, um estudo desse tem várias fases, a primeira a gente tem que ver como que a gente vai tem que ver qual modelo e tem uma fase de debate intensa com a sociedade. Por exemplo, nós começamos os debates a respeito da Sabesp, nós não fizemos nenhum debate antes de ter a fase zero do estudo concluída. Depois da fase zero, nós estendemos, por exemplo, os prefeitos, chamamos os 375 prefeitos atendidos pela SABESP para conversar com todos individualmente, outros do grupo pra explicar o modelo, explicar como o Estado está encarando essa questão, mostrar que não vai ser uma saída total da empresa, a gente faz um follow on, a gente já dilui, continua sendo um acionista representativo, mostrar como a gente ganha nesse processo, que é um risco não fazer, a gente consegue demonstrar isso, mostrar como vai ficar a questão da tarifa, porque que a gente consegue garantir a tarifa em um patamar mais baixo, então a gente tem feito essa sensibilização na semana passada nós conversamos com todos os superintendentes da Sabesp, então mas sempre vão ser processos participativos, a gente tem um momento correto de fazer essa participação com os estudos na mão dos estudos, se quer começaram, vamos começar agora. Então tem os momentos de debate. Agora privar a população do transporte público porque eu não concordo com o estudo, não concordo com essa linha, não faz o menor sentido. E outra coisa, as linhas privadas vão estar funcionando. Ah, eu sou contra a privatização. Mas a linha quatro vai estar funcionando, é privada, a linha cinco vai estar funcionando é privada, a linha oito vai estar funcionando é privada, a linha nove está funcionando é privada, então que tipo de protesto é esse contra a privatização?”
Em seguida, o governador disse que toda paralisação é somente por questões políticas e espera que a determinação da Justiça de 100% da frota operando seja cumprida.
“Eu não quero, eu tiro o serviço do cidadão para protestar contra uma coisa e o cidadão vai ver poxa mas as linhas privadas são as que estão funcionando. Só que estão me atendendo hoje. Então não me parece sentido. Pra mim é um movimento político. E aí a minha grande dúvida é se eles vão cumprir o que determinou a justiça do trabalho? Já tem decisão judicial e a minha duvida é se eles vão respeitar a decisão do judiciário.”
Como este site mostrou, a Justiça do Trabalho determinou o funcionamento integral no horário de pico e 80% nos demais horários enquanto durar a greve, proibindo a catraca livre, algo sugerido pelos metroviários e ferroviários.
Saiba mais: https://diariodostrilhos.com/2023/09/28/justica-determina-que-todos-funcionarios-da-cptm-trabalhem-mesmo-em-caso-de-greve-e-proibe-catraca-livre/
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