A afirmação do governador veio como explicação dos problemas enfrentados pelos passageiros das linhas 8 e 9.
Publicado: 13/09/2022

O governador do Estado de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia, disse nesta terça-feira, 13 de setembro de 2022, em entrevista para a TV Globo, que os problemas enfrentados pelos passageiros das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, é culpa de funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
De acordo com Garcia, trabalhadores da CPTM insatisfeitos com a privatização ou com sua demissão, de maneira proposital, praticaram sabotagens no sistema das duas linhas, mas não especificou, quando e o que foi danificado, pontuando que isto está sendo investigado.
”Nós tivemos muitos problemas na transição, estamos apurando internamente até sabotagens que ocorreram, porque nós tivemos depois da concessão a demissão de milhares de funcionários da CPTM.”
O governador admitiu também que milhares de pessoas perderam seus empregos, desmentindo a versão anteriormente divulgada em que os trabalhadores seriam alocados nas outras linhas.
O que houve de fato desde a concessão, foi a instituição do PDI (Programa de Demissão Incentivada) que procurava “agilizar” o desligamento de funcionários que antes atuavam nas linhas 8 e 9.
A declaração de Rodrigo Garcia não caiu bem no meio ferroviário, gerando reclamações e manifestações de repúdio, como a divulgada pelo Sindicato da Sorocabana, que em nota para a imprensa disse, ter funcionários da CPTM que até hoje trabalham “emprestados” para a ViaMobilidade, sem local fixo para atuar.
”O Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários da Zona Sorocabana manifesta seu repúdio contra o candidato que, mesmo tendo controle sobre a execução do orçamento estadual, pouco fez para investir em melhorar ainda mais a qualidade dos serviços oferecidos à população.
Agora, impactado pelo desempenho ruim na campanha eleitoral, tenta fazer uma concessão de responsabilidades. Que fique bem claro: seu governo, e não os funcionários, é o responsável pelos problemas enfrentados nas linhas 8 e 9 da CPTM.
Mais do que cruel, a declaração de Rodrigo Garcia é irresponsável. Afinal, eventual sabotagem só pode ser feita por quem está dentro dos trens ou das estações. Caso o governador não saiba, este não é o caso dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que deixaram seus postos de trabalho – e seguem sem local fixo até hoje – para que a ViaMobilidade pudesse assumir com o seu quadro próprio de funcionários.”
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