Ação seria um protesto pelas constantes tentativas do Governo do Estado de vender a sede do sindicato da categoria Publicado: 08/09/2021 O Sindicato dos Metroviários de São Paulo realiza na noite desta quarta-feira, 8 de setembro de 2021, uma assembleia para definir entre os temas abordados, se fazem uma greve a partir de quinta, dia 9. A categoria se mobiliza […]
Ação seria um protesto pelas constantes tentativas do Governo do Estado de vender a sede do sindicato da categoria
Publicado: 08/09/2021
Foto: Diário dos Trilhos
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo realiza na noite desta quarta-feira, 8 de setembro de 2021, uma assembleia para definir entre os temas abordados, se fazem uma greve a partir de quinta, dia 9.
A categoria se mobiliza contra a possibilidade de serem despejados de sua sede localizada no Tatuapé, após o terreno em que se localiza o prédio, ter sido vendido em um rápido processo no primeiro semestre deste ano.
Conforme diz o sindicato, Milena Avila Silveira Soares, diretora da empresa Uni 28 SPE-Ltda seria casada desde 2007 com Maurício Soares, que atualmente ocupa o cargo de Coordenador de Gestão de Contratos do Metrô de São Paulo.
Isto de acordo com a entidade contraria os princípios informadores da administração pública, da impessoalidade e isonomia, que configura um indício forte de fraude em toda a licitação.
“O referido representado exerce importante cargo no METRÔ a companhia licitante, sendo coordenador geral de contratos, pessoa que por certo terá parte importante na gestão de eventual contrato a ser firmado se adjudicado.
A questão ganha contornos de gravidade absoluta quando se constata que Mauricio Soares e Milena Soares, são casados desde o dia 14 de fevereiro de 2007, por certidão expedida pelo oficial de registro civil das pessoas naturais, oitavo subdistrito – Santana – São Paulo –SP”, consta parte do documento enviado a Polícia e que o site obteve acesso.
Como agravo de sua denuncia, o sindicato diz que pouco antes da data do leilão em 3 de maio deste ano, engenheiros foram ao local questionar o tempo da desocupação do local para uma futura e rápida demolição, mostrando a empresa já sabia que venceria a licitação.
“O fato gravíssimo induz o raciocínio lógico de que as pessoas que venceram a licitação já sabiam de antemão quem seriam os novos proprietários do imóvel, portanto uma forte suspeita de que haveria tratamento detrimentoso favorável – INCLUSIVE LEVANDO À VITÓRIA NA DISPUTA LICITATÓRIA – envolvendo colaboradores do METRO e os ora representados.
E a conclusão é inolvidável: eis o certame ainda estava em andamento, havia outras empresas disputando o objeto licitado e sequer se poderia falar em vitória no certame (se conluio e quebra de impessoalidade não ligassem o METRO e as pessoas acima referidas).
Cumpre também narrar que o METRO agiu de forma estranha e que levanta uma série de suspeitas”, alega a entidade no documento.
Os metroviários apontam que o valor do arremate do terreno em pouco mais de R$ 14 milhões é muito abaixo do que realmente o espaço vale, já que em todos os anos de ocupação do local a entidade investiu R$ 10 milhões em melhorias e conservação do local, tudo feito com consentimento e conhecimento do Metrô.
Na ocasião desta denuncia, o Metrô de São Paulo deu outra versão dos fatos dizendo que tal acusação deveria ser comprovada. Leia abaixo a nota completa.
“O Sindicato dos Metroviários, desesperado, faz falsas acusações, utilizando o nome de um funcionário que atua em uma área sem qualquer relação com a venda do terreno. A denúncia de ilegalidade é infundada e tal acusação deverá ser comprovada sob pena de responderem civil e criminalmente.”
No domingo 5 de setembro, os funcionários fizeram uma vigília na sede pois existia a possibilidade de acontecer uma reintegração de posse no dia seguinte, o que não aconteceu.
Veja abaixo o comunicado sobre a possibilidade de greve:
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Jornalista do transporte sobre trilhos e repórter fotográfico profissional. Adm do Diário da CPTM desde 2013. Paulistano com orgulho e usuário dos trens do Metrô e CPTM.