Já as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade funcionam normalmente, pois o sindicato destes ferroviários não aderiu a greve. Publicado: 15/07/2021 Em razão da greve por tempo indeterminado confirmada pelo Sindicato dos Ferroviários de São Paulo e Sindicato da Zona Sorocabana, representantes dos trabalhadores de quatro linhas da CPTM, a operação dos trens nesta quinta-feira, 15 de julho de 2021, será […]
Já as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade funcionam normalmente, pois o sindicato destes ferroviários não aderiu a greve.
Publicado: 15/07/2021
Foto: Diário dos Trilhos
Em razão da greve por tempo indeterminado confirmada pelo Sindicato dos Ferroviários de São Paulo e Sindicato da Zona Sorocabana, representantes dos trabalhadores de quatro linhas da CPTM, a operação dos trens nesta quinta-feira, 15 de julho de 2021, será apenas em parte do sistema ferroviário.
As linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa estarão paralisadas em toda a sua extensão desde o início da operação comercial às 4h. Entretanto nas linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade a operação será normal, já que não houve adesão a paralisação por parte do sindicato destas linhas.
A paralisação é uma forma de protesto das entidades sindicais e categoria, pela falta de um entendimento entre eles e a CPTM referente a pautas das questões salariais e da PPR (Programa de Participação nós Resultados) referente ao ano passado e que não foi pago até o presente momento.
Segundo o Sindicato dos Ferroviários, chegou a ser proposto como ato de protesto trabalhar com as catracas livres, o que foi de pronto recusado pela companhia.
Já a CPTM como forma de tentar frear a greve, conseguiu na justiça uma liminar que obriga 80% da frota operando no horário de pico e 60% dos trens circulando nos demais horários.
Leia abaixo a nota da CPTM na íntegra divulgada para a imprensa.
“A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) considera inadmissível que os sindicatos que representam os colaboradores das linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa, com toda a linha de frente vacinada e com uma crise econômica, decida fazer greve nesta quinta-feira (15/07) prejudicando e punindo exclusivamente o cidadão que necessita do transporte público para ir ao trabalho, incluindo os que trabalham na linha de frente no combate à pandemia de Covid-19.
A CPTM lamenta a decisão sobre a greve e espera que não haja adesão por parte dos trabalhadores em respeito aos cidadãos que necessitam do transporte. A Companhia reforça que há uma decisão da Justiça do Trabalho determinando a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$ 100 mil diários. A empresa também irá operar com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais.
Enquanto milhares de trabalhadores perdem seus empregos ou tem suas rendas diminuídas – a renda média do trabalhador é de R$ 2.500,00, a CPTM mantém salários e benefícios rigorosamente em dia – salário médio de R$ 6.500,00, mesmo tendo sido duramente afetada pela queda na demanda de passageiros durante 2020 e todo o ano de 2021. Não é possível que estes sindicatos estejam em uma realidade diferente do restante do país, que sofre com desemprego, perda de renda e fome.
As linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade operarão normalmente nesta quinta-feira.”
Os sindicatos por sua vez se manifestaram em uma nota conjunta explicando suas razões para a greve, e que podem ser lidas também por completo abaixo:
“Sem acordo em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, os Sindicatos da Sorocabana, de São Paulo e dos Engenheiros de São Paulo convocaram os ferroviários e se reuniram em assembleia para dar andamento à paralisação nessa quinta-feira, dia 15/07. “O TRT propôs que a CPTM repusesse o salário em 6,22%, mas a empresa não aceitou. A categoria está cansada de tanto desrespeito e resolveu parar o serviço a partir da 0 hora dessa quinta”, esclareceu o presidente interino do Sindicato da Sorocabana, José Claudinei Messias.
Os Sindicatos entraram com ação de Dissidio Coletivo de Greve no TRT solicitando que a empresa aceite os termos propostos no ACT 2021/2022 que foi parcialmente assinada, mas, justamente, as cláusulas econômicas não foram aceitas pela companhia que insistem em reajuste zero pelo segundo ano seguido. “O ferroviário trabalhou toda a pandemia e se dedicou, já no ano passado a empresa não reajustou o salário e agora querem isso de novo, mas tudo aumentou, como os ferroviários vão ter condições de viver sem saber se vão conseguir pagar as contas”, indaga Messias.
Reunidos em assembleia, os ferroviários, resolveram avançar com a greve paralisando o serviço a partir da 0 hora dessa quinta-feira, dia 15/07, sem previsão de retomada da operação”
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Jornalista do transporte sobre trilhos e repórter fotográfico profissional. Adm do Diário da CPTM desde 2013. Paulistano com orgulho e usuário dos trens do Metrô e CPTM.