Por outro lado o uso deste mesmo meio de transporte por pessoas com poder aquisitivo maior diminuiu 54% Publicado: 02/04/2021 Um levantamento realizado pela 99, empresa de transporte comparando os meses de Fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, analisou a quantidade de corridas em transportes por aplicativo e constatou a o uso pela parcela mais pobre da sociedade aumentou […]
Por outro lado o uso deste mesmo meio de transporte por pessoas com poder aquisitivo maior diminuiu 54%
Publicado: 02/04/2021
Foto: Diário dos Trilhos
Um levantamento realizado pela 99, empresa de transporte comparando os meses de Fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, analisou a quantidade de corridas em transportes por aplicativo e constatou a o uso pela parcela mais pobre da sociedade aumentou 36%, mas o número de corridas entre a parcela mais rica caiu quase pela metade, 41%.
O levantamento foi possível comparando o número de corridas efetuadas quando não havia a pandemia em fevereiro de 2020 e o mesmo mês deste ano separando o público usuário em quatro faixas de renda, seguindo as definições do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e seis capitais do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
Mas selecionando apenas a cidade de São Paulo, a diferença entre este público fica mais evidente.
Com as faixas de renda selecionadas, a população que recebe até dois salários mínimos tem 75% desta fatia utilizando o transporte por app, diferente da parte dos paulistanos com renda mensal de mais de cinco salários mínimos que fez 54% menos corridas no período comparado.
De certa forma isto mostra que os mais pobres não conseguem realizar um isolamento social e precisam se deslocar e se locomover, diferente dos ricos que podem permanecer em casa por maior tempo.
“A constatação desse levantamento é reflexo da desigualdade que a pandemia escancarou no Brasil. Pessoas que ganham menos não puderam manter o home office e o isolamento social, pois precisam sair de casa para trabalhar. São profissionais que atuam, em sua maioria, em funções que não permitem o trabalho remoto, como caixas de supermercados, diaristas, porteiros ou atendentes em lojas. Já os mais ricos puderam permanecer em casa, seja fazendo home office ou utilizando alguma reserva financeira que conseguiram economizar. Além disso, ao sair de casa, as pessoas com maior poder aquisitivo, muitas vezes, possuem carro próprio, o que não é a realidade para os mais pobres”, explica Lívia Pozzi, diretora de Operações da 99.
Os dados desta pesquisa se encontram com outra pesquisa da própria 99 divulgada no ano passado realizada nas periferias das grandes cidades do país, e teve 20% dos entrevistados afirmando que não tem condições de fazer o isolamento e precisaram trabalhar todos os dias. Já 32% fizeram apenas de 1 a 3 meses de isolamento. Outro ponto importante é que em São Paulo, 46% dos entrevistados se sentem inseguros no transporte público e acham que podem se infectar com o coronavírus.
“O momento é de ficar em casa, mas essa, infelizmente, não é uma possibilidade para muitos brasileiros. E é focada nesse cenário que a 99 trabalha desde antes mesmo da pandemia chegar ao Brasil para oferecer um app de conveniência a preço justo, trazendo opções seguras de serviços que conversem com as classes C e D e que resolvam os problemas do dia a dia, seja em mobilidade, delivery ou serviços financeiros”, finaliza Pozzi.
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