O funcionamento será em operação assistida, com capacidade menor de pessoas por viagem, sem cobrar a tarifa.
Publicado: 06/05/2024
O Prefeito Ricardo Nunes, durante evento da sua agenda de governo na manhã desta segunda-feira, 6 de maio de 2024, deu novas informações sobre a operação do transporte aquático em São Paulo, informando a possibilidade da inauguração acontecer ainda nesta semana.
Para permitir finalmente o atendimento pelas embarcações na Represa Billings, será necessário a administração pública assumir a gestão do serviço que era de responsabilidade da TransWolff, alvo de investigações policiais por suposto envolvimento com organizações criminosas.
Com este trâmite jurídico superado, poderá então a prefeitura operar os barcos e realizar o transporte de pessoas entre os dois pontos da represa.
“Olha, a gente já está com a liberação pela justiça, a questão do transporte hidroviário é que ele estava para ser operado pela empresa TransWolff, então com os problemas que acabaram acontecendo com essa empresa, a gente está transferindo toda a documentação e as autorizações para a Prefeitura de São Paulo, isso que está demandando tempo, nós já estamos liberados para poder fazer [o transporte por barcos], só que eu preciso ter toda a documentação em dia, então a gente vai fazer uma desapropriação para poder a Prefeitura de São Paulo operar, então é a Prefeitura que irá operar, a gente deve, talvez essa semana ainda, muito possivelmente, se eu conseguir tramitar toda essa documentação, a gente vai começar a operar o transporte hidroviário que vai ser algo sensacional, vocês não têm ideia, a gente fez um estudo muito aprofundado da importância, do quanto vai atender, do que é importante para a questão do meio ambiente, o que vai trazer de conscientização para as pessoas com relação a importância da nossa represa, então é algo fundamental, além do transporte, tem tudo o que é necessário. Um conjunto de política pública ambiental dentro desse projeto.”
Nunes ainda destacou que ao iniciar o atendimento, ele será parcial, com horário reduzido fora do pico da manhã ou tarde, levando 60 pessoas e não 200 como estimado inicialmente.
“Vai ser uma operação assistida. O que é operação assistida? A gente não vai estar trabalhando com todo o potencial. O barco para 200 pessoas vai estar com 60 pessoas, o horário vai ser reduzido. Em vez de ser desde a madrugada até a noite, vai ficar com o horário reduzido, se não me engano, das 10h às 16h. Acho que é isso. Sem cobrança de tarifa. Então é uma operação assistida, vai ficar durante algum tempo para a gente poder ir medindo, porque é algo novo. Nunca teve isso em São Paulo. Então a gente medindo, não errar, quais serão as necessidades para a gente ir adequando”, completou o prefeito.
O projeto do Aquatico SP prevê inicialmente o funcionamento de linhas de transporte de passageiros ligando regiões da represa e beneficiando mais de 385 mil pessoas que moram na região do Grajaú, Cocaia e Pedreira.
Cada veículo aquático contará com portas laterais para embarque e desembarque de pessoas, espaço para cadeirantes, espaço para bicicletas, Wi-Fi e ar-condicionado.
O valor cobrado será o mesmo dos ônibus, R$ 4,40 para ligar um ponto ao outro da represa em locais específicos para embarque e desembarque e permitirá a integração com outras linhas por meio do Bilhete Único.
A implantação do transporte aquaviário está no plano de metas da Prefeitura de São Paulo e foi parte da campanha eleitoral realizada em 2020, onde a chapa Bruno Covas/Ricardo Nunes (atual prefeito) saiu vencedora.
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