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Novo sítio arqueológico é encontrado nas obras da Linha 6-Laranja

Artefatos estão em escavações no bairro da Liberdade, em região ligada à história da população negra no século XIX.

Publicado: 31/05/2023

Local do canteiro de obras onde foi localizado os artefatos. Foto: Reprodução Google Maps

Foi descoberto nas obras de construção da Linha 6-Laranja de metrô em São Paulo, mais um sítio arqueológico na região central da cidade. Segundo a concessionária, são mais de mil fragmentos de louça antiga que estavam cerca de 2 metros de profundidade abaixo do nível da rua.

São cerâmicas, vidros e outros materiais estão no canteiro de obras da futura VSE (Ventilação e Saída de Emergência) Felício do Santos, localizado na Rua Senador Felício do Santos no bairro da Liberdade.

Com estimativa de ser datado do século XIX ou começo do século XX, o local foi batizado de Sítio Lavapés, em referência ao Ribeirão dos Lavapés que existiu na região e era habitado por população negra.

As primeiras peças foram encontradas em abril e logo após isto, A LASCA, empresa especializada neste tipo de trabalho arqueológico foi convocada pela concessionária Linha Uni e realizou um trabalho mais técnico e elaborado para identificar e retirar as peças, causando a interrupção das obras de construção da linha no local

É esperado que após o trabalho, seja permitida a retomada das escavações que fazem parte do último canteiro de obras da linha, localizado após a estação São Joaquim e que servirá para acesso caso necessário para a rua logo acima do túnel dos trens.

Em nota, a Linha Uni informou que um plano de trabalho já foi elaborado pela empresa responsável pela identificação e retirada dos artefatos e após isto, seguir com as obras no local.

“A Linha Uni informa que, recentemente, identificou um novo sítio arqueológico – o Lavapés – na área do poço VSE (ventilação e saída de emergência) Felício dos Santos, na região do bairro da Liberdade, em São Paulo. O plano de trabalho já foi elaborado pela empresa A Lasca e está em aprovação pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A concessionária aguarda a manifestação do instituto para dar seguimento aos trabalhos.”

A população negra viveu nesta região até meados do começo do século XX, quando a região ainda era uma “periferia” do centro velho, o que mudou com o crescimento avançado de São Paulo, empurrando essa população para cada vez mais longe da região central.

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