A interrupção do vínculo com a empresa Coranda acontece após denúncias de atrasos em pagamentos dos funcionários.
Publicado: 19/10/2022

O contrato da Prefeitura de São Paulo com a empresa Coranda TV e Publicidade Eirelli foi suspenso por trinta dias a partir desta quarta-feira, 19 de outubro de 2022. A decisão da gestão de Ricardo Nunes acontece dias depois de denúncias contra a operadora das ciclofaixas de lazer aos domingos virem à tona.
Tudo começou após funcionários que atuam como monitores, seja com o uso de bandeiras sinalizando as vias de bicicletas nos pontos de cruzamento ou travessia, mas também na montagem e outras tarefas que tornam este serviço seguro e viável.
Durante um protesto realizado no último domingo (16), os manifestantes informaram que parte deles está sem receber qualquer pagamento desde agosto, outros desde setembro e após denunciarem para a imprensa este problema, vem recebendo ameaças de pessoas que respondem pela Coranda, por meio de grupos de WhatsApp. As ameaças são de demissão por justa causa e de não receber, somente por ter levado a público o conhecimento sobre o problema.
O resultado disso é que nas duas últimas datas ninguém trabalhou nas ciclovias, dias 12 e 16 de outubro, com somente os cones e cavaletes sendo instalados pela prefeitura.
Na publicação do Diário Oficial da cidade, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito informa a suspensão, mas sem detalhar ações futuras.
”À vista dos elementos de convicção que instruem o presente processo, em especial as manifestações da Assessoria Técnica e Assessoria Jurídica deste Gabinete, que acolho, AUTORIZO a SUSPENSÃO do Termo de Cooperação nº 01/SMT.GAB/2022, firmado com a empresa Agência Coranda TV e Publicidade Eirelli, inscrita no CNPJ sob o nº 23.775.880/0001-73, para a implementação de ações destinadas à viabilização e promoção da Ciclofaixa de Lazer da Cidade de São Paulo, por 30 (trinta) dias, em razão das justificativas encartadas aos autos, com fundamento no artigo 78, inciso XIV da Lei Federal nº 8.666/93.”
A situação do serviço da ciclofaixa de lazer aos domingos e feriados passa a ter seu futuro incerto. Já que desde que foi criada, primeiro foi administrada pelo banco Bradesco, depois pela Uber e depois de anos, vive seu primeiro problema grave, impactando diretamente centenas de trabalhadores.
Segundo o Jornal da Bicicleta, quando a Coranda assumiu em agosto às operações, alegava possuir um capital de 100 mil reais, valor inferior ao necessário para atuar em apenas um domingo.
Era esperado por essa empresa fechar de maneira rápida um patrocínio para viabilizar a continuidade do serviço, o que até o momento não aconteceu.
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