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Liminar determina  80% da frota de trens do Metrô em operação durante a greve

Secretário dos Transportes classificou a paralisação como desumana e vergonhosa.

Publicado: 18/05/2021

Passageiros aguardam o metrô na estação Palmeiras-Barra Funda. (foto de antes da pandemia). Foto: Diário da CPTM

O Governo do Estado de São Paulo obteve na noite desta terça-feira, 18 de maio de 2021, uma liminar na justiça do trabalho a qual fica determinado que 80% dos funcionários estejam em seus postos de trabalho no horário de pico e 60% dos colaboradores nos demais horários, sob pena de multa no valor de R$ 100 mil por dia.

A ação tomada através da STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos), ocorre após o anuncio de uma greve dos metroviários que será iniciada a meia noite, interrompendo o atendimento pelas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do monotrilho.

A secretaria classifica ação como inadmissível, já que recentemente a reivindicação da vacina foi atendida e que por essa razão, o Sindicato dos Metroviários requerer questões salariais neste momento é “viver em uma realidade diferente de todo o país”. Segundo ainda a STM foi oferecido diversos benefícios muito além do exigido pelas leis de trabalho, como o pagamento de vales Refeição e Alimentação, Previdência Suplementar, Plano de Saúde sem mensalidade, hora extra de 100% (CLT determina 50%), adicional noturno de 35% (CLT determina 20%), abono de férias em 60% (CLT determina 1/3), complementação salarial para afastados e auxílio creche/educação, dentre outros.

Já os metroviários por sua vez de acordo com comunicado publicado nas redes sociais do sindicato durante a fase de negociação, mesmo após três reuniões ficou definido pela empresa que não haverá reajuste salarial e não realizará o pagamento das PRs (Participação nos Resultados) referente aos anos de 2019 e 2020. O sindicato acusa também um chamado “pacote de maldades” que incluem a retirada do vale-transporte e do adicional de risco de vida.

No documento é apontado que a luta dos trabalhadores do Metrô por meio do seu sindicato, incluem a reposição salarial baseada no IPC-Fipe dos últimos dois anos de 9,72%, reposição do Vale-Refeição e Vale-Alimentação de 29%, recuperar os direitos e a manutenção do ACT.

Já o secretário dos transportes, Alexandre Baldy, publicou em seu Twitter uma mensagem criticando a greve e dizendo que ela é vergonhosa e desumana, além de lamentar a paralisação.

Veja a nota da Secretaria na íntegra:

“É inadmissível que o sindicato dos metroviários, com toda a linha de frente vacinada e com a crise econômica que estamos passando, decida fazer uma greve que irá prejudicar exclusivamente o cidadão que necessita do transporte público para ir ao trabalho.

O Metrô de São Paulo fez uma proposta de acordo salarial aos seus empregados muito acima do que é praticado no mercado de trabalho e previsto na legislação trabalhista. O sindicato certamente vive em uma realidade diferente do restante do país, que sofre com desemprego, perda de renda e fome. O Metrô manteve todos os serviços e seus empregados, apesar do prejuízo de R$ 1,7 bilhão no último ano e de mais de R$ 300 milhões no primeiro trimestre de 2021.

Ainda assim, o Metrô ofereceu a manutenção de diversos benefícios, muito além dos exigidos pela CLT, como o pagamento de vales Refeição e Alimentação, Previdência Suplementar, Plano de Saúde sem mensalidade, hora extra de 100% (CLT determina 50%), adicional noturno de 35% (CLT determina 20%), abono de férias em 60% (CLT determina 1/3), complementação salarial para afastados e auxílio creche/educação, dentre outros.

Reivindicar novos aumentos salariais e de benefícios, punindo a população com a paralisação do transporte público e deixando milhares de pessoas que cuidam de serviços essenciais, como saúde e segurança sem transporte é uma atitude desumana e intransigente. Lamentamos muito que isso esteja ocorrendo e iremos trabalhar para oferecer o melhor transporte possível aos cidadãos. Liminar da Justiça do Trabalho determina manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$ 100 mil diários”


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