Mortes de funcionários da CPTM mais que triplicam em um ano de pandemia

Foto: Diário dos Trilhos

Entretanto a companhia não divulga informações sobre quantidade de colaboradores que vieram a falecer e se contaminaram pelo vírus, algo complementado por denuncia recente de sindicato da categoria.

Publicado: 25/03/2021

Foto: Reprodução Redes Sociais

Completado um ano de pandemia do coronavírus em todo o país, o número de mortes chegou a 300 mil pessoas e evidentemente que o transporte público não está imune, fatalidades também ocorrem para este grupo de trabalhadores, algo comprovado por levantamento realizado pelo Diário dos Trilhos com fontes dentro da CPTM onde foi constatado um crescimento notável de mortes em um ano.

Para efeitos de comparação o site obteve dados de falecimentos de funcionários em em dois períodos da mesma quantidade de tempo, constatando um aumento de 325%, isto se for comparar a emissão interna de notas de condolências e luto em cada óbito registrado.

Antes da pandemia entre março de 2019 e março de 2020, oito mortes foram notificadas, já entre março de 2020 e março de 2021 o número total do levantamento registrou 34 falecimentos. Apesar de não ser revelado nestes comunicados a causa morte, é notável a explosão de casos durante a pandemia, indo de encontro a denuncias do setor e entidades que pedem uma proteção maior para trabalhadores do transporte que ficam diariamente em contato com muitas pessoas e com alto risco de contágio.

Outro dado quantitativo obtido, cita que nos últimos nove dias contados entre 15 e 24 de março, quatro colaboradores faleceram sendo que três foi devido a Covid.

Estranhamente após a cobrança do site referente aos dados sobre a pandemia no quadro de funcionários, a empresa simplesmente parou de emitir notas de condolências internas devido aos falecimentos.

Mesmo assim após seis dias aguardando uma manifestação oficial da CPTM ou da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a companhia limitou-se a dizer que as informações acima mencionadas eram improcedentes, recusando o espaço dado para se posicionar e também apresentar informações oficiais pedidas pela reportagem e pelos sindicatos do setor.

SINDICATO DOS FERROVIÁRIOS SE PRONUNCIA SOBRE CASOS DE COVID

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo emitiu uma nota nessa quarta (24) justamente comentando sobre mortes e casos de coronavírus no quadro de funcionários da empresa, indo mais além na denuncia, relatando falta de equipamentos para medir a temperatura, álcool em gel 70% para os colaboradores e a não realização de testes como o PCR nos trabalhadores.

Sobre álcool em gel no começo da pandemia já ocorreu de serem entregues nas estações e setores administrativos, álcool em gel vencido como o Diário dos Trilhos mostrou.

Saiba mais: https://diariodostrilhos.com/2020/03/18/alcool-em-gel-vencido-e-entregue-para-funcionarios-da-cptm-e-metro/

“Vivemos um momento de luto por todos os brasileiro, mas, em especial, pelo nossos companheiros ferroviários que se foram devido à covid-19. Não temos a opção de não nos expor, pois lidamos com o público diariamente.

Reivindicamos melhores condições para que possamos continuar prestando um serviço de qualidade. Protocolos como manter distanciamento, usar máscara, usar álcool em gel, medição de temperatura e testagem dos empregados não são cumpridos por falta de material nos setores de trabalho. Além disto a CPTM não afastou os empregados com comorbidades e maiores de 60 anos”
, diz parte do documento.

Veja abaixo o comunicado completo divulgado pela entidade:

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Um comentário

  1. Maria

    Vcs deveria afasta os funcionário de idade tem bastante trabalhando vcs está esperando que morre todo tem funcionário que tem problema de saúde meu marido é um deles tem 66 anos e tem presão alta e diabético ponha a mão na consciência é isto afasta o idoso

  2. JOAO FOGACA TELES

    VINDO DO CONTROLE DO ESTADO DE SÃO PAULO,A CPTM, O GOVERNADOR ANTERIOR E ESTE QUE SE ENCONTRA JOÃO DORIA, NÃO É DE ADMIRAR ,QUE ESTEJA O CAOS NO TRANSPORTE E NO ESTADO,ELES NÃO QUEREM O BEM ESTAR DOS FUNCIONÁRIOS E O POVO PAULISTA.

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