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Sindicato decide hoje sobre paralisação de ônibus

Uma assembléia acontece na tarde desta segunda para decidir sobre a paralisação que é uma forma e protesto contra a eminente demissão de 19 mil trabalhadores, a maioria cobradores que podem perder o cargo.

Por Willian Moreira

A retirada do posto de cobrador, pode gerar 19 mil desempregados. Foto: Eduardo Reis

O SindMotoristas representante dos motoristas e cobradores de São Paulo, decide hoje em assembleia que acontece a partir das 15h sobre a paralisação convocada para a próxima quarta dia 31. A categoria está se mobilizando contra a possibilidade de 19 mil funcionários perderem seus empregos, em maioria cobradores de ônibus. A prefeitura a dias atrás divulgou uma diretriz as empresas que operam na cidade, para operações a partir de setembro, comprem apenas veículos do modelo padron, que não possuem assento e caixa de cobrança de cobrador. Além disto, a nova licitação prevista pela gestão de Bruno Covas para os próximos 20 anos prevê a redução de 260 veículos em circulação até o fim de agosto deste, que pode aumentar o intervalo entre as viagens e afetar a operação das linhas estruturais, algo que a Prefeitura nega.

“Não são profissionais que apenas cobram a tarifa, são agentes sociais, que ajudam no embarque de idosos e deficientes, orientam passageiros e auxiliam o motorista”, explicou o secretário-geral da entidade”, Francisco Xavier sobre a função de cobrador

O Sindicato busca o dialogo com a Prefeitura para que a decisão seja melhor analisada. Já havia a promessa de requalificação dos cobradores, para que possam ocupar outras funções como motorista, fiscais e funções administrativas nas garagens, mas até o momento nada foi feito para qualificar os funcionários, o que vem gerando receio da perda do emprego.

“Já temos 13 milhões de desempregados no país, como pode um gestor público ser tão insensível e querer aumentar esse número, prejudicando mais de 19 mil trabalhadores, pais e mães de família?” questionou Valdevan Noventa, presidente do sindicato

A paralisação pode deixar 14 mil veículos nas garagens e faz parte do plano de lutas da categoria contra as demissões e redução da frota de ônibus que afetará a população. Ao término da assembléia, publicaremos a decisão da greve, além das pautas do movimento.

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